Devido a pandemia do COVID-19 as sessões das câmeras sofreram alterações e tem dividido deputados. Alguns parlamentares se sentem confortáveis com as votações e até sugerem que as digitais continuem após o fim da epidemia, outro lamentam a falta de contato pessoal com a sociedade.
“As bancadas conversam com os líderes, e os líderes conversam entre si. A negociação da pauta é diferente porque gira em torno de temas mais consensuais. Não tem tantos atritos ou diferenças como tinha antes. Ao mesmo tempo, tem menos conversas com os colegas”, avaliou em nota o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP). “Eu acho que é um avanço. A gente teria um número maior de projetos aprovados e deliberações”, comentou.
Kim Kataguiri salientou que por causa da quarentena, a população está mais participativa e atuante nas redes sociais apresentando mais sugestões para os deputados. “Recebo muitas ligações e está muito mais movimentado o grupo de Whatsapp do gabinete.”, declarou.
Para Erundina as sessões virtuais se justificam apenas pelo caráter emergencial da pandemia. Mas não deveriam continuar em uma situação regular. “A característica do Parlamento é que as pessoas conversem e dialoguem. O debate na sessão virtual fica um pouco prejudicado. Uma coisa é você se dirigir pessoalmente ao Plenário, ao vivo, enquanto que na via virtual tem outra sensação”, declarou.