O “tempo de espera” foi favorável para o paciente Humberto Minante, de 41 anos, que há nove dias realizou transplante renal com doador falecido. Este foi o 7° transplante da equipe de Urologia da Santa Casa de Campo Grande em 2020. Desde julho de 2019, o paciente passou a conviver com a insuficiência renal, que foi descoberta repentinamente durante uma consulta de rotina.
Em meio à rotina de trabalho, o paciente relatou que os meses que antecederam o diagnóstico da doença renal foram de fortes dores, mal-estar, alteração contínua na pressão arterial e muitas outras situações que o levaram a buscar auxílio médico. “Na consulta de check-up o médico viu meus exames e constatou o comprometimento do rim, que justificava o que eu sentia. Dali, fui encaminhado para o hospital onde veio a confirmação do diagnóstico e que não daria mais para tratar. Foi tudo muito rápido, estava trabalhando em um dia e internado no outro”, lembrou.
Casado e pai de dois filhos, Humberto foi “pego” de surpresa com a descoberta da doença, mas, durante esse tempo, sempre contou com o apoio da família e dos amigos que, desde o início do tratamento em hemodiálise, se prontificaram a realizar exames na tentativa de encontrar um possível doador. Na fila do transplante desde fevereiro de 2020, Humberto nem teve tempo de contar com tamanha solidariedade. Em menos de dois meses de espera, foi beneficiado com a atitude da atitude de um doador compatível.
Humberto reconhece que tempo foi favorável para ele, diferente do que acontece normalmente com os demais colegas que, por vezes, esperam anos por um órgão. “Não deu um ano de hemodiálise. Na ligação que recebi, cheguei a não a acreditar, por mais que seja uma coisa que nós precisamos tanto, esperamos ansiosamente, é um misto de sentimentos. Eu não esperava que fosse tão rápido, desde a descoberta da doença até meu transplante. Agora será um novo começo para mim”.
Muito agradecido e feliz com o transplante, o paciente lembra que, mesmo em meio a tantos acontecimentos difíceis, dentre eles a perda da mãe no início do ano, foi um período de superação, fortalecimento e de muita esperança. “Era tudo muito novo para mim, um choque de realidade mesmo, mas por amor a minha família eu consegui levar bem todos esses momentos difíceis que passei. Agora, com o presente que recebi, eu só tenho a agradecer aos familiares que autorizaram a doação e começar a pensar em coisas novas”, ressaltou.
Fizeram parte da equipe responsável pelo transplante os médicos urologistas Dr. Adriano Lyrio e Dr. Eduardo Arruda, o médico residente em urologia, Dr. Sanir Almeida Gisbert, o médico residente em nefrologia Dr. Fernando Henrique Giachini, a enfermeira do transplante Fernanda Saraiva e toda equipe multiprofissional do centro cirúrgico da Santa Casa. O acompanhamento do paciente está sendo feito pela médica nefrologista Drª Rafaella Campanholo.