sábado, 23/09/2023

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CEO do evento lembra que traçado da pista é excepcional, que os pilotos adoram, porém, melhorias são necessárias para que esse e outros eventos se mantenham no calendário

Motos que podem chegar a 300 km/h voltaram ao Autódromo Internacional de Campo Grande para a 2ª etapa do Moto 1000 GP, evento nacional que ficou afastado da pista da Capital devido às condições do asfalto campo-grandense. 

CEO do evento, Gilso Sculeder lembra que o autódromo passou por uma transição, sendo assumido pela prefeitura no período de 2013/15, segundo ele, quando vieram para cá e constataram as péssimas condições do asfalto. 

Diante da garantia de que houve, sim, uma melhora, os pilotos vieram comprovar, notando que ainda há uma deficiência gigantesca no traçado. 

“Isso inibiu não só o Moto 1000 GP de voltar para cá, mas também de outros eventos grandes, como uma Stock Car; Copa Truck… hoje está acontecendo muitos eventos esportivos, mas pouca gente tem vindo para cá por conta dessa parte do asfalto. É uma coisa que realmente precisa ser refeita”, comenta ele. 

Gilson faz questão de lembrar que a pista é excepcional em termos de traçado, e que todos os pilotos adoram a característica desafiadora, pelas curvas altas; rápidas, e que a própria estrutura recebe bem o evento. 

“Ela é compatível, tem algumas coisas lapidar, mas atende muito bem. Nós estamos com muita dificuldade em relação à qualidade do asfalto. Por isso que tem espantado não só o moto GP, mas outros grandes eventos”, frisa ele. 

No Moto 1000 competem as categorias: GP’s 1000; 600 e 300, voltadas para os brasileiros; além das R3 Talent e CUP, onde estão liberadas as entradas de atletas de outros países. 

Melhorias são necessárias

Entre as ações visando chamar atenção para o problema, a organização do evento chegou a montar um café da manhã, recebendo o poder público e imprensa, para tentar mostrar que a ideia não é tirar da Capital, mas sim atrair em turismo e tentar movimentar a economia de alguma forma.  

Uma categoria, um evento grande, ele movimenta a cidade, de alguma forma traz o entretenimento, leva o nome de Campo Grande para o Brasil todo, que nem agora está sendo transmitido ao-vivo”, cita ele como os benefícios às cidades sede do Moto 1000 GP. 

Além disso, ele comenta sobre ações sociais, onde crianças são levadas para assistir ao evento, com distribuição de brindes, etc. 

“Nós estamos tentando movimentar. Agora, depende já realmente da nova gestão do autódromo pleitear isso junto ao governador, a prefeitura, uma melhoria. O asfalto é o ponto crítico, com um de boa qualidade, vamos ver grandes eventos novamente em Campo Grande”. 

Evento notório

Com pilotos internacionais, ele explica que as regras são bem rígidas, quanto à uniformidade das motos e todo o mais necessário, já que o evento se trata de uma categoria de revelação, com atletas de pelo menos 10 países diferentes. 

Ele lança esse olhar sobre o cenário nacional, dizendo que, principalmente na categoria 300 R3 Yamaha, grupos estão migrando para o Brasil com a intenção de evoluir esportivamente e ter chance de ir para o mundial. 

Com isso, Campo Grande recebe hoje três atletas que competem no europeu (categoria dentro do mundial de ‘superbikes’), e mais dois dentro do mundial, com chance de ser campeão. 

“Posso estar enganado, mas o último pódio era todo brasileiro deste europeu, mostrando a força dessa categoria em revelar novos talentos”. 

Um desses atletas de fora que trazem notoriedade para cá é justamente o argentino, Nahuel Santamaria, campeão da 2 etapa do R3 Talent neste domingo, corredor há tempos em seu país de origem, mas experimentando as pistas brasileiras pelo segundo ano. 

Nahuel aprendeu a andar de moto ainda com três anos, entrando para o mundo das competições logo aos oito de idade, e teve seu início tão precoce motivado pela família. “Meu pai, avô e tio corriam, e eu comecei desde garoto porque via eles”, revela ele em entrevista ao Correio do Estado. 

Visando um bom resultado aqui, para conseguir vaga nos campeonatos europeu e Mundial, ele terminou a primeira corrida em sétimo, apesar de ter corrido entre o TOP 5 até a última volta quando tudo mudou.

A ideia, segundo o piloto, foi segurar o braço para o que estava por vir, o que teve seu resultado, já que Nahuel conquistou o primeiro lugar no pódio da 2ª etapa do R3 talent. 

“Foi uma corrida muito diferente das demais, porque você tem que ir muito mais tranquilo [devido à chuva], mas eu pude me adaptar bem, conquistar a primeira posição e manter o ritmo. É a primeira corrida que ganha no Brasil e estou muito contente”.

 

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CRÉDITO: CORREIO DO ESTADO

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