O governo federal está fechando os detalhes do programa “Desenrola” e pretende apresentar a medida ainda neste mês. Promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ação é voltada para negativados, visa a renegociar contas e impulsionar o consumo das famílias. O modelo prevê financiamento para pagamento de dívidas bancárias e não bancárias com descontos. Essa plataforma será gerida pelos bureaus de crédito, como a Serasa e o SPC. A intenção é criar um site em que o consumidor, com o uso do CPF, irá consultar suas dívidas e demostrar interesse em negociar. Com isso, as empresas credoras poderão fazer uma oferta de desconto, com os maiores abatimentos tendo prioridade.
As conversas em andamento não limitam o acesso ao programa de acordo com a renda da pessoa, mas haverá diferença entre as condições. O programa mais vantajoso, com juros menores e com risco assumido pelo Tesouro, deve contemplar até 40 milhões de pessoas que estão endividadas e têm renda de até dois salários mínimos (equivalentes hoje a R 2.604).
Outra vertente do Desenrola atenderia pessoas acima dessa renda, mas sem participação do governo e com o risco dos bancos.